Segundo avaliação do Credit Suisse, a Nokia pode ser desmembrada e vendida

A fabricante de celulares finlandesa Nokia, que já foi a maior em seu segmento, enfrenta uma fase complicada. Ficou para trás no mercado de smartphones depois que a Apple e a Samsung começaram a lançar modelos cada vez mais sofisticados e apostou tudo em uma parceria com a Microsoft – abrindo mão do básico Symbian e adotando o Windows Phone. Atualmente a empresa é mais lembrada pelos seus velhos e resistentes modelos de baixo custo.

Esse vácuo de inovação  – contrário ao paradigma imposto pelas rivais – pode custar caro à Nokia. O banco de investimentos Credit Suisse rebaixou a classificação da companhia de “Neutra” para “Baixo Rendimento” e cortou o “price target” para 1,60 euro. De acordo com o banco, as perdas operacionais na unidade de Dispositivos e Serviços devem aumentar significativamente no próximo ano, implicando em prejuízo financeiro.

Para esse panorama, o banco sugere apenas uma saída: em longo prazo, o desmembramento e venda da Nokia em partes deveria ser considerada. Dificilmente alguma grande empresa do segmento irá querer adquirir a companhia inteira com seus 114 mil empregados, mas a Apple pode se interessar pelo portfólio de patentes, por exemplo. Já a Ericsson, Huawei e ZTE podem adquirir partes da Nokia Siemens Network
.
Com esse futuro sombrio à espera, os próximos passos da Nokia serão decisivos para o futuro da companhia: o Lumia 920 com Windows Phone 8 agora tem a obrigação de mostrar que a empresa pode reverter o quadro de crise e emplacar boas vendas de um dispositivo de qualidade. A tecnologia do aparelho em si é respeitável, sobretudo a câmera, que faz ótimas imagens em locais fechados e escuros.


Você acha que a Nokia pode escapar dessa crise e mostrar ao mercado que ainda está bem viva? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.

Via